Melhores games que ninguem jogou

Acontece todos os anos, em todas as plataformas, e até em gêneros diferentes, como músicas, filmes, peças de teatro, livros e jogos. Embora todos nós gostaríamos de dizer que as melhores músicas, os melhores filmes, os melhores livros e os melhores jogos acabam sempre conquistando o público e sendo garantia de sucesso, isso não é verdade.
Em razão do alto preço dos jogos, da quantidade limitada de concorrência dentro de um mesmo console, e de dezenas de sites e revistas destinados a fazer suas críticas, é verdade que os bons jogos de videogame tem menos chance de serem ignorados do que músicas ou livros. Ainda assim, não é raro que jogos de qualidade sejam um retumbante fracasso comercial.

Vamos ver alguns deles (em várias categorias diferentes):

RacePro: A migração da Simbin para os consoles não poderia ter sido mais frustrante comercialmente. Ainda que as críticas não tenham sido estupenda (MC: 72) a esmagadora maioria dos apaixonados por jogos de corrida consideram a melhor simulação para o console. Mas com menos de 150 mil unidade vendidas em todo o mundo, só se pode chegar às seguintes conclusões: 1) o nicho de jogos de corrida era menor do que o esperado; 2) queremos jogos hardcore... mas não tanto!

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Metro 2033: Baseado em um livro russo com enredo bastante sólido, e com críticas razoavelmente positivas da crítica (77 nos consoles), Metro 2033 é muito superior a diversos FPS genéricos que saem todos os anos e conseguem vender muito mais do que as decpecionantes 300 mil unidade de Metro 2033. Pode ter sido resultado da saturação do mercado, ou o fato de que a versão para console era bem inferior e com jogabilidade muito mais truncada do que a versão para PC, mas não há quem duvide que Metro 2033 merecia uma atenação maior.

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Blazblue Calamity Trigger: Calamity Trigger é até hoje um dos jogos de luta melhor avaliados pela crítica no 360 (MC: 86). Na sua categoria de jogos 2D, perde apenas para Street Fighter IV. Ainda assim, patina em não mais do que 300 mil unidades vendidas. Curiosamente, rendeu ainda uma espécie de "continuação", que muito mais aparentou ser um jogo "reesquentado" (e ainda assim muito bem avaliado). O mal desempenho pode ser creditado a dois fatores: 1) o fato da franquia jamair ter sido capaz de grande impacto em especial no Ocidente; 2) o fato dos jogos de luta fazerem parte de um gênero em franca decadência. Certamente o grau elevado de dificuldade do jogo também não facilitou.



Eternal Sonata: Na minha opinião é um dos melhores, se não O MELHOR J-"RPG" disponível para os consoles (metacritic: 79). O fato de não ter ultrapassado nem mesmo a marca de 300 mil unidades no 360, mesmo sendo um título exclusivo por bastante tempo, apenas confirma o prognóstico dos próprios desenvolvedores japoneses: o estilo de "RPG" japonês está virtualmente morto em razão de sua própria incapacidade de se aperfeiçoar. Apenas alguns poucos títulos ainda conseguem impacto comercial (e em grande parte devido ao próprio mercado japonês), sobrevivendo graças ao nome da franquia, como Final Fantasy ou Monster Hunter.

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IL-2 Sturmovik Birds of Prey: Com metacritic de 80, é um dos jogos de simulação de voo mais bem avaliados para os consoles da atual geração. Ainda assim, as vendas foram pífias (muito abaixo da própria versão para PC). O mau desempenho de IL-2 Sturmovik apenas confirma que os apreciadores de simulação mais hardcore (mas não tanto assim também) ainda tem o PC como plataforma de preferência, prevalecendo nos consoles jogos de conteúdo muito mais arcade, como Ace Combat e HAWX (embora Hawx também não tenha sido nenhum blockbuster).

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The Darkness: Antes de Batman Arkham Asylum, só havia no 360 um grande jogo de qualidade com adaptação dos quadrinhos: The Darkness (metacritic 82). É claro que Arkham Asylum obscurece a qualidade de The Darkness, mas com gráficoss de qualidade razoável, mecânica de jogo diferenciada (envolvendo não um FPS típico, mas inteligente utilização dos poderes do personagem principal) e narrativa francamente adulta, é lamentável que o jogo mal tenha passado de 500 mil unidades, mesmo sendo possível encontra-lo a preço de banana em qualquer loja.

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Civilization Revolution: SI Meier foi capaz de demonstrar que não é um dos smaiores gênios da história dos jogos à toa, reproduzindo com extrema qualidade a mecânica de jogo de Civilization e adaptando-a com felicidade às limitações de um gamepad. A crítica adorou o jogo (metacritic 84). Os jogadores deixaram claro que querem Civilization bem pertinho deles... no PC. Com pouco mais de 500 mil unidades vendidas, muito menos do que a série costuma vender no PC, não surpreende que tenha sido lançado Civilization V APENAS para a plataforma de origem da série.

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Test Drive Unlimited: Com metacritic de 82, e qualidade que não deve em nada para outros jogos consagrados, como Burnout PAradise, e um sistema de multiplayer muito mais interessante e divertido do que o do concorrente, TDU merecia ter ido muito melhor em suas vendas. Certamente o desgaste do nome da marca após vários títuloss medíocres fez unlimited pagar o preço nas vendas. Vamos torcer que, assim como Need for Speed, o título tenha sido capaz de resgatar a franquia e melhores vendas sejam vistas em TDU 2.

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Bayonetta: Com um impressionante Metacritic de 90, Bayonetta figura até hoje entre os melhores jogos disponíveis de forma geral para o 360. Sofre, contudo, do mesmo mal que aflige os jogos de luta: é filiada a um gênero de jogo (hack and slash) que vem perdendo mercado aos borbotões. Com a possível exceção de God of War, que, assim como Street Fighter, vive muito mais do nome do que do apreço dos jogadores pelo estilo de jogo, até mesmo franquias consagradas como Devil May Cry e Ninja Gaiden patinam na casa de 1 milhão de unidade. Bayonetta nem chegou a isso, embora seja muito superior tanto a DMC 4 quanto NG 2.

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Red Faction: Guerrila: Sem fazer alarde foi uma das gratas surpresas por ocasião de seu lançamento, misturando um sistema sandbox com alto grau de interatividade. Com metacritic de 85, supera red Faction 2 e perde por pouco para o Red Faction original. Ainda assim, e embora eu ache superior aos seus dois predecessores, vendeu menos da metade. Manteve a franquia, contudo, razão pela qual um novo título da série deve sair já no ano que vem.

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